quinta-feira, 27 de agosto de 2009

De regresso... ah e acerca do ultimo post...

Olá!
Andei desaparecida durante várias semanas. Mas nas ultimas semanas ponderei acabar com o blog.
Porquê? Porque, mais uma vez, voltei a cair nas teias da compulsão. Foi só haver mais umas alterações na minha vida, mais uns stresses e o refugio foi... a comida.
Novidades? Algumas... Uma delas é que voltei a engordar imenso. Penso que ultrapassei os 110Kg. Se não ultrapassei, estou lá perto. E confesso que está a custar subir para uma balança. Mas a cabeça está distraida com mil e quinhentas coisas que tenho que fazer.
Como o lema é não desistir, proponho-me a nas próximas semanas arranjar uma estratégia decente para o meu caso. Uma delas passará com certeza por voltar às consultas com o psicólogo. Quero aprender de uma vez por todas a gerir as minhas emoções e esta ansiedade que me vai consumindo. Já deu para ver que sózinha não estou a conseguir, por isso há que analisar e ver o que se passa!

Os videos que coloquei no ultimo post ...

(isto não se refere a todas as pessoas que querem perder peso. Ainda bem! Existem várias causas para o excesso de peso e cabe a cada um identificá-las e resolver. Se não se identificarem com isto, óptimo! Mas se se identificarem, reflitam... o objectivo é esse!!!)

No segundo video, sobre "Emotional eating", a Sra (que andou a informar-se e a ler estudos relacionados com "coping"- não sei se existe uma expressão portuguesa para isto), refere que:

Algo acontece.
Perguntamos a nós próprios: é uma ameaça?
Se a resposta for NÃO, tudo ok!
Mas... se a resposta for SIM, a pergunta seguinte é: Posso resolver isto?
Se a resposta for SIM, (task oriented coping) trabalhamos para resolver o problema.
Se a resposta for NÃO, (emotional oriented coping), entupimo-nos de comida. (isto devido à ligação emocional com a comida, desde muito cedo, como explicado no primeiro video) - Claro que isto não se aplica a toda a gente! Comer é uma forma de emotional oriented coping. Existem outras formas!
Mas o mais interessante é que se pensar no problema, chega-se à conclusão que se consegue resolver os problemas. (Faltarão aqui boas doses de autoconfiança?)
Quanto mais frequentemente alguém consegue dizer que SIM, consegue resolver algum problema, mais frequentemente chega à conclusão que os eventos deixam de ser um factor de stress. A confiança aumenta.
Porém o contrário acontece com quem faz emotional oriented coping, pois com mais frequência sentem-se incapazes de resolver problemas e muitos eventos passam a ser factores de stress, ameaçadores.

Ela dá o exemplo das dietas: Ganhei peso. É uma ameaça? SIM. Posso resolver? SIM, mas depois não dá certo e passa a NÃO (porque algo está a falhar)... e aí volta-se a comer emocionalmente.

Ou seja, básicamente, a pessoa acha-se incapaz de resolver problemas e refugia-se na comida porque lhe trás algum conforto. Mas o problema inicial não foi resolvido. E quanto mais faz isso, mais certas situações vão-lhe parecer um problema! (Isto porque algo só é considerado um problema ou um factor de stress, dependendo da maneira como o percepcionamos)

Por vezes esses factores de stress são coisas pequenas, que achamos que não conseguimos resolver. Mas se nos empenharmos, sabemos que conseguimos resolver. A Sra no video dá o seu exemplo. E o exemplo, à luz de algumas pessoas, pode parecer ridículo, mas não é! E são estes pequenos factores de stress que por vezes não se identifica, mas que nos levam à porta do frigorífico!
O exemplo que ela dá é : O chuveiro dela! O chuveiro estava estragado e depois de o terem mandado arranjar, estragou-se de novo. O jacto de água não era directo e caía frequentemente. Meses depois, pensou... esperem... eu consigo resolver isto... e mudou-o. E a Sra teve um sentimento enorme de felicidade por ter resolvido o problema. Foi competente, resolveu-o. Deixou de ser um factor de stress.

Comer quando não se tem fome é automático. Deve-se parar, analisar e resolver o que se está a passar, pensando nas possiveis alternativas. (Muitas das vezes os nossos medos impedem-nos de tentar resolver algo, não é? - Achamos que não somos capazes e pronto! Outras vezes nem percepcionamos algo como o "tal problema" que nos leva a atacar o armário da cozinha, não é?)

O exemplo que ela dá, pode parecer um pouco ridiculo aos olhos de alguns, mas certas situações que consideramos ameaça e factor de stress, não o são para outras pessoas. Coisas como ir aos correios, conduzir, ir às compras, viajar de avião, ir ao banco resolver um assunto, limpar a casa, ter de passear o cão, etc. são factores de stress e situações de ameaça para umas pessoas e não para outras. Por muito parvo que possa parecer para alguns!

Quantas vezes não comemos por comer, sem saber porquê! Porque há algo cá dentro que nos perturba e nem sabemos o porquê! Mas é verdade, coisas que podem parecer pequenas como um chuveiro estragado, que nos arruina o banho todos os dias, pode ser um factor desencadeante para se comer emocionalmente e nem termos consciência disso!

Por hoje é tudo...
Tenham uma óptima semana, e BOAS FÉRIAS ANABELA!